domingo, 17 de maio de 2009


Campina doce menina

Por entre as serras a descansar

O teu lençol feito de neblina

Encobre as belezas que o sol faz revelar

 

Vim me abrigar em teus braços

Enebriar-me em teus amassos

Em tuas ruas caminhar meus passos

Nos teus ombros meus cansaços encostar

 

Sentir no rosto o teu ar invernal

Poder voltar a ser menino

Esconder-me em teu vestido junino

Numa festa sem igual

 

Há teu São João

Fogueira, bandeirola e balão

Forró, Luiz Gonzaga, baião

Do mundo se fez o maior e outro não existe não

 

Sois a rainha da Borborema

Nascida como de um poema

Onde o povo nasce e sonha

Sem pesadelo ou aflição medonha

 

Lá onde brigam o galo e a raposa

Voam a borboleta e a mariposa

Por sobre a praça do poeta adormecido

Nunca vi lugar mais belo nem nada parecido

 

Eis me aqui Campina Grande

Vim tomar-te como amante

Em teu seio me aninhar

 

Cuida de mim princesa da serra

Que por ti meu amor nunca se encerra

E em devoção irei te amar.