quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Asas




Te dou asas sei
Apenas para que voe
A distância que não escape aos olhos
Voa no céu da minha boca
Esse infinito
Plana no relevo do meu peito
Que encobre o que te aquece
 E pulsa
Flutua no meu mundo
Circunda os limites do meu corpo
Seja meu satélite
Minha lua gravitando ao redor
Nesse meu desejo louco e egoísta
De que eu nunca me torne menor
Para que não fujas às minhas fronteiras
Que meu espaço seja infinito aos teus olhos
Meu relevo interminável às tuas asas
E quando finito perceberes que sou
Que nunca percas o encanto
De me visitares mesmo a tudo tendo conhecido
E do seu vôo se faça percebido
Que mudo sempre para que não canses da viagem.