quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Amor e paz

 
Sigo
Nessa paz que agora vivo
Inapartada do amor
Caminhando juntas
... Paixão não conhece a paz
O amor sim
Deitar numa rede a beira mar
Fim de tarde e o sol se põe
Languido...
Por entre os seios de dois morros quaisquer
É amor, e eu a me balançar
Na certeza que não vou cair
Sabendo que o mesmo sol nascerá
Para vê-lo depois se pôr
E o ciclo a não se acabar
É assim que te sinto em meu viver
O sol que me aquece
A rede a me balançar
Em teus seios eu me ponho
Languido...
No teu relevo de mulher
Escorro pelo teu corpo
O sol em minha boca
...Queimo
Lento como é próprio do amor
Chama que dura
Sou tua cura
És meu torpor
E sigo
Calmo, languido e quente
Suave e docemente
Nascendo e me pondo
Como o sol de todo dia
Certeza que se renova
Tal qual o nosso amor


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Eu



Eu
Que me banhei em lágrimas
Eu …
Que despenquei dos mais altos montes
Eu
Que estive perto do céu
Para apenas despencar de novo
Que despertei do sonho
Que sufoquei em pesadelos
Que tantas vezes perdi
E me perdi tantas vezes
Eu
Que já estive tão só
Eu
Que de tão só quis morrer
Morrer de amor...eu
Eu
Das incontáveis despedidas
Eu
Das saudades inconsoláveis
Eu
Que já nem me lembro mais
Que sou feito de tantos ais
Eu
Esquecido e desprezado
Tantas vezes ignorado
Eu...
Que apesar de tudo
Mesmo calado, mudo
Eu...
Resisto
Eu
Que insisto
Que desafio a morte
Onde tantos sucumbem
Eu faço das agruras poesia
Eu...
Que dou vida à letra morta
Meu legado é este
A letra
Que resiste
Que se molda
Sem se quebrar
Eu meu amigo, sou a letra
Em minha poesia a se revelar
Eu...
Poema em construção
Sou carne, sangue e coração
Vicissitude que já não se encontra mais
Que espera morrer em paz
Na certeza de ter sido eu...