Meu coração em tons de cinza
Monocromático peito
Pálido e rarefeito
Mesmo cansado segue ainda
Perturbando o silêncio da noite
Com minha insônia arregalada
Devaneios que me ferem qual açoite
Prolongando a aflição da madrugada
Náufrago em meio a correnteza
Do mar da vida essa incerteza
Me afogo sobre a cama desforrada
Já não há nada e a escuridão me bebe
Que venha o dia e sua luz entregue
O sol raiando e a esperança revelada.