Como um zunido constante, uma abelha
Escuto essa voz que não cala
Uma chama, uma brasa, centelha
É papel e caneta e tudo me abala
Ecoam os pingos da chuva na telha
Me ponho louco a caminhar na sala
Traga-me vinho, solução vermelha
Limpando a mente, clareando a fala
Essa secura de escrever não cessa
Mesmo que eu cansado, pare, ore, peça
Mesmo que cesse o clamor da alma
Nada que eu faça há que impeça
Dê-me uma folha, saia e se despeça
Se não escrevo, nada mais me acalma.
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