quarta-feira, 19 de maio de 2010

Intimidade



Ver-te andar com tanto zelo
Deslizando nua em pelo
Por todo quarto, desmazelo
Boca, seios, ancas, cabelo


És toda minha e já não temo
Poder tocar-te é dom supremo
Minha boca seca, calor extremo
Ferve meu corpo, eu ardo e queimo


Vens vindo sem pudor
Próprio de quem íntimo é
Das noites vividas em furor


Sobre os lençóis és revoltosa maré
Me abraças com teu fogo abrasador
Me olhas com teus olhos de mulher.

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