Enterro contigo a água
A pouca água que
consegui verter
Negando aos olhos o
direito de sofrer
Chorar por quem não
vale a mágoa
Não derramarei meu
pranto sobre ingratidão
Terra infértil onde
nada pode nascer
Não me permito padecer
Por quem não vale a
lamentação
Da partida não se fez
vácuo ou solidão
Somente a paz do dever
cumprido
De ter realizado a
missão
Morre o que não
deveria ter nascido
Sentimento impuro e
fingido
Me liberto rumo à imensidão
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