quarta-feira, 23 de maio de 2018


Poesia

A poesia não atende as multidões;
Não serve ao alarido e à balburdia;
Não se assenta junto aos ladrões;
Nem flerta com à estúrdia;

Ela se rende aos solitários;
Como uma amante vencida pelo toque;
Revela os mistérios dos glossários;
Tal qual à primavera em espoque;

Nas madrugas insones se derrama;
Sobre à alva folha que espera;
O verso perfeito, essa quimera;

Sonho de todo poeta;
É fazer da rima à chama;
Arder na alma, de quem o declama.








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