quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Caleidoscópio




Tenho todas as cores em mim
O branco da paz que não encontrei
O azul do céu que nunca toquei
O verde esperança que jamais tem fim

No amarelo do medo a me embotar assim
No vermelho do sangue me apavorei
No preto véu da noite, cego tateei
No rosa da tua carne descansei enfim

Todas as nuances desse etéreo arco
No balançar das tuas ancas feitas de giz
A deslizar no meu leito, doce meretriz

Entre tuas coxas vou fincar meu marco
Arder em suores, calores febris
Vou pintar o sete, te fazer feliz.

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