terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tempo





Dessa aspereza que nos tolhe
O que me sufoca e me encolhe
É o tempo e sua pressa

De me atropelar sempre que paro
Mesmo ferido procurando amparo
A sua engrenagem nunca cessa

Anda preso sempre ao meu braço
Nesse impiedoso compasso
Sem remorso não volta atrás

Se corre muito apresso o passo
Se lento anda é descompasso
Confiro a pilha não tenho paz

E escravo sigo nesse viver
Desesperado sempre a correr
Contra algo que não posso vencer

Não pude cultivar as flores
Nem sorver a plenitude dos amores
Que a vida em sua finitude me ofereceu

Dirão de mim "Esse coitado
Que viveu sempre apressado
Agora jaz aqui enterrado
 Mais um que o tempo venceu".

3 comentários:

  1. Tempo...

    tempo...

    tempo....

    Essa é uma palavrinha mágica que resolve todos os problemas da vida, até mesmo de um coração partido!!!

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  2. Parabéns pelos textos...Adoro!

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  3. O tempo da paixao acabou??

    Seu blog ja foi mais bonito..
    ehehe

    Mas poeta que é poeta tem que ser vulnerável e inconstante mesmo!!

    Mais uma vez Parabens!!

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