segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ampulheta



Senta e chora o pranto
Derrama-o em qualquer canto
Faz verter teu desencanto
Chora tudo, um pouco mais e tanto.

Senta e chora o pranto
Que do teu choro se faz o canto
Que te valha lá em cima um santo
E te console seu sagrado manto

Senta e chora o pranto
Pois foi-se o tempo da tua mocidade
Onde sorvias os bens da tenra idade

Abraça-te esta senhora,  maturidade
Que enruga e mastiga tua vivacidade
Senta e chora o pranto


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