Senta e chora o pranto
Derrama-o em qualquer canto
Faz verter teu desencanto
Chora tudo, um pouco mais e tanto.
Senta e chora o pranto
Que do teu choro se faz o canto
Que te valha lá em cima um santo
E te console seu sagrado manto
Senta e chora o pranto
Pois foi-se o tempo da tua mocidade
Onde sorvias os bens da tenra idade
Abraça-te esta senhora, maturidade
Que enruga e mastiga tua vivacidade
Senta e chora o pranto
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