sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ausência



Foi inútil o pranto derramado, em noites de agonia inesgotável
Inconfessável a dor, atada ao coração crispado
 Foi inútil o pranto derramado, sobras de um amor tão inefável
Lágrima indesejável, molhando meu peito empoeirado

Teu silêncio a ferir o meu ouvido, a outros não se faz audível
Segue batendo impassível, teu pobre coração envaidecido
Duro, inerte,empedernido, morrendo em um peito inabalável
Cai o pranto inevitável, sobre um copo de café e um pão dormido

A mesa posta com o pé partido, eterna espera de uma voz que clama
Uma carta, um telegrama, o tempo congelado e sem sentido
Sufoco meu grito reprimido, no silêncio embotado do pijama

Sento ao pé da cama, com meu olhar perdido
Mesmo no peito aturdido, se faz valer a chama
É alento do iludido lutar pelo que ama.

Nenhum comentário:

Postar um comentário