sexta-feira, 5 de julho de 2013

Desejo

 
 
 
 
Tú que me despertastes do sono do mundo
Eu que jazia sob um peito sem sonho
Rio de leito seco, sem água, tristonho
Me inundastes  num amor profundo
 
Na janela, os pássaros pousaram  pra ver
As folhas congelaram em sua descida
Nem as gotas de orvalho ousaram escorrer
Para testemunhar nascer em mim a vida
 
A vida prometida, estampada em tua retina
Refletindo  teus trejeitos de menina
Que me chamam e me convidam a te esperar
 
Sou o abraço suspenso na neblina
Sou a lingua em tua  carne feminina
Sou o beijo em tua boca a salivar

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